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Mostrando postagens de agosto, 2021

Do outro lado do túnel, de Kamo-san

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O esboço de hoje. Locomotiva Nanohana. Ferroviária Idzumi. Vou colorir amanhã. Na obra de Natsume Sōseki, aparece uma linha ferroviária chamada Kōbu-sen. Já que existe a linha de Sōbu-sen, não é estranho que exista uma linha que a ligue a Kōshū, chamada Kōbu-sen. Mas mesmo pesquisando na internet, não aparece nada dessa Kōbu-sen. Tive de resultado a Ferroviária Kōbu (Kōbu-tetsudō).   A Kōbu-tetsudō era uma operadora ferroviária que existia no Japão durante o período Meiji. Ela fazia a manutenção e administrava a ferrovia que partia de dentro da cidade de Tóquio em Ochanomizu, passava por Iida-machi e Shinjuku, cortava Tamagun e chegava em Hachiōji. Com a promulgação da lei de Aquisição Nacional das Ferrovias em 1906 (Meiji, ano 39) , ela foi estatizada em 1º de outubro do mesmo ano, se tornando parte da Chūō-honsen (Linha Principal Central). Shimazaki Tōson em seu diário de viagem também fala dessa “Kōbu-sen”. A obra é do segundo ano do Taishō, 1913. Talvez, apesar

O Selo

Quando voltei ao meu apartamento, havia uma carta na caixa de correio. Um envelope pardo sem graça, com letras em tinta preta. Tinha certeza que era do Yasutoshi. Essa era a 30ª carta que recebia dele. Fazia já um tempinho que ele não mandava nada, até cheguei a me preocupar, mas parece que ele está bem. Tinha um certo vigor nas letras do endereço. Fui pro quarto e quebrei o selo. Ao contrário das letras no envelope, a escrita na carta em si parecia um pouco agitada. Afastei os olhos da carta e tentei me lembrar de algo. Desacostumado a dirigir, eu já começara a me sentir um tanto cansado. Uma estrada tortuosa nos rincões montanhosos do interior. Achei todo aquele verde bonito, mas só pela primeira hora. Yasutoshi, no assento do passageiro, não parecia querer trocar comigo na direção. Normalmente era ela quem dirigia. Eu não aguentava mais, então parei o carro no acostamento. O Yasutoshi me fez uma cara de surpresa.    — Troca comigo! — Mas, Kousuke... Minha carteira

Professor Koeber, de Natsume Sōseki

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Eu via uma alta janela por entre a folhagem, e de um canto desta surgia a cabeça do professor Koeber. De seu flanco subia uma espessa fumaça azulada. Parece que o professor está fumando tabaco, disse eu a Abe. Não me recordo de quando  foi a última vez que estive por aqui, mas vendo  hoje percebo sua aparência ter mudado, nem que um pouco apenas. O cimo da linha de Kōbu foi reconstruído em grandiosas casas, tendo nada além dos portais que não conseguiam se separar das influentes riquezas geradas pelo Japão moderno. Dentre estas, apenas a residência do professor, uma só decrépita casa, restou como se fosse uma lembrança do passado. E o professor, quando se uma vez é visto entrar no escritório de sua fumacenta casa, raramente vê-se ele de lá sair. Escritório, cujo este, é o lugar elevado de onde se via a cabeça do professor por entre a folhagem. Locomotiva Nanohana, Ferroviária Isumi (Idzumi?); Créditos de かもさん . Conduzidos pelo professor, eu e Abe subimos os altos degraus, despidos

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